Finos acordes preenchem a solidão
a sombra dos tempos felizes
apareceu num pedaço da minha alma confinado,
inerte, sem cor, ao sabor da canção.
Violinos tocam o ar delicados pranteio,
a dor dilacera meus vãos que sofrem
e desmancham-se em saudades
sons estremecem o peito apertado.
Estendido em cada fibra do meu eué o fim,
o nada, que está gravadoentristeço,
há cheiro de morte nas mãos.
Fugaz, inútil,
eram delírios vagos revividos na dança da verdade
a música parou, despertei no chão.
*
Soninha Porto
Tela de Rita Andrade
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