terça-feira, 6 de dezembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


























Ki shan i romani, adoi san'i chov'bani.

☽✡☾ Aonde os ciganos vão , eu sei que as bruxas estão.

Ditado cigano


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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Santa Sara Kali




















A devoção à Santa Sara Kali é o aspecto mais importante e Universal da religiosidade cigana. Todo Cigano tem em sua casa uma imagem de Sara Kali, para pedir proteção. A ela oferecem frutas, flores, incensos, velas e fazem muitas orações. Em, Saintes Maries da la Mer no sul da França, a padroeira universal do Povo Cigano é festejada no dia 24 de maio.





















Os Ciganos adoram dançar, a dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a vida. Dançam ritmos e sons tradicionais, produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbaios, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas nos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas dos acampamentos. Quando dançam o fazem com a alma, com o coração, a dança é uma alegria contagiante e uma vivacidade única.

Termos ciganos















• Nais tuke - obrigada

• gestena - obrigada

• Me Volis Tu - Eu te amo

• Kamav tu - Te amo

• murri shukar - minha linda

• tchumidau thio ilo - beijo no seu coração

• morro volá - meu amor

• O Manusha Khevelan tut! -O povo te faz dançar

• Bartai Sastimos - boa sorte e boa saúde

• Devlessa Araklam Tume ! - (É com Deus que te encontro!)

• Thie Aves Thiatlô Lom, Manrô Tai Sunkai!

• Que você seja abençoado com o sal, com o pão e com o ouro!

• Akana mukav tut le Devlesa ( Eu agora deixo-o com Deus)

• Ando gav bi zhuklesko jal o pavori bi destesko ( Em uma terra sem cães os fazendeiros andam sem cajados)

• Baxt hai sastimos tiri patragi ( Boa sorte e boa saúde)

• Bi kashtesko merel i yag (Sem madeira o fogo pode morrer)

• Devlesa araklam tume (É com Deus que te encontramos)

• Nais Tuke/Gestena (Obrigado)

• Devlesa avilan (Deus quem te trouxe)

• Dza devlesa (Deus vá com você)

• Droboy tume Romale ( cumprimento tradicional, como um “olá”)

• Feri ando payi sitsholpe te nauyas (É na água que se aprende a nadar)

• Love k-o vast, bori k-o grast (Dinheiro na mão, noiva no cavalo)

• Mandar tsera tai kater o Del mai but te aven tumenge (Para mim um pouco de dinheiro, para você Deus dê prosperidade)

• Me som Alexia (Eu sou Alexia)

• O manusha khelevan tut (O povo te faz dançar

• Me Kom Te ou Me kom Tu (Eu te amo)

• Ne rakesa tu Romanes? (Você não fala Romany?)

• Mishto hom me dikava tute (Estou feliz em vê-lo)

• Hai Shala? (Você entende?)

• Hay Sheli ( Eu entendo, eu concordo)

• Hery? (Verdade?)

• Miro Prala ( Meu irmão)

• Miri Pen (minha Irmã)

• Latcho Drom! (Boa viagem, Bom caminho!)

Ciganos- gitanos - tsiganes-zíngare





















Os nomes ciganos - gitanos - tsiganes-zíngare são apelidos para os romá ou romanís, dados pelos não ciganos, principalmente no Velho Mundo Euro-asiático. E chamá-los de povo rom, manush ou povo romani é a denominação correta. Ambos os vocábulos são de origem sânscrita e, significam respectivamente homem ou pessoa, sendo que o nome Rom é mais comumente atribuído ao cigano de origem oriental, mais tradicionalista; e o nome Manush é a denominação mais comum aos que estão fixados na França, com hábitos mais ocidentais e também são conhecidos como Sinti. É assim que aceitam ser identificados.
Para os ciganos, todos os estranhos à sua raça são chamados de busné, payo ou gadjé, que em romani quer dizer literalmente aquele que não é cigano.

O pesquisador Olimpio Nunes, destacou em seu trabalho "O Povo Cigano" muitos dos nomes que se seguem para designar os ciganos:


Atsincani - Grécia
Tchinganie/Tchinghiani - Turquia
Tzigani - Bulgária
Zigani - Romênia
Ciganiok/Czygany - Hungria
Zingari - Itália
Cigano - Portugal/Brasil
Cigan - Bulgária
Ciganin - Sérvia
Cygan - Polônia
Cykan - Rússia
Czygany - Hungria
Cigano - Lituânia
Zigeuner - Alemanha e Holanda

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como os ciganos são conhecidos no mundo





 













Gitanos : na Espanha
Gypsies : na Inglaterra
Boêmios : na Alemanha
Zíngaros : na Itália
Rom : na Europa Oriental

Pequeno dicionário romanês























Acans: olhos
Aruvinhar: chorar
Bales: cabelos
Baque: sorte, fortuna, felicidade
Bato: pai
Brichindin: chuva
Cabén: comida
Cabipe: mentira
Cadéns: dinheiro
Calin: cigana
Calon: cigano
Churdar: roubar
Dai (ou Bata): mãe
Dirachin: noite
Duvêl: Deus, Nosso Senhor, Cristo
Estardar: prender
Gadjó: não cigano
Gajão: brasileiro, senhor
Gajin: brasileira, senhora
Jalar: ir embora
Kachardin: triste
Kambulin: amor
Lon: sal
Marrão: pão
Mirinhorôn: viúva
Naçualão: doente
Nazar: flor
Paguicerdar: pagar
Panin: água
Paxivalin: donzela
Querdapanin: português
Quiraz: queijo
Raty: sangue
Remedicinar: casar
Ron: homem
Runin: mulher
Sunacai: ouro
Suvinhar: dormir
Tiráques: sapatos
Trup: corpo
Urai: imperador ou rei
Urdar: vestir
Vázes: dedos ou mão
Xacas: ervas
Xinbire: aguardente
Xôres: barbas

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vurdón

























Vurdón em romanês ou romaní, a língua dos Ciganos, significa "carroção".
É esse, de modo geral, o símbolo dos Ciganos. Mesmo daqueles que há muito tempo abandonaram a vida nômade.

La Vida Breve


























A história fala de uma jovem e bela cigana, Salud, que é apaixonada por um jovem chamado Paco. Ela não sabe que Paco já está comprometido num casamento para "una clase de su" (uma mulher mais elevada de classe). No entanto, o tio e a avó de Salud descobriram isso, e eles vão tentar impedir a moça de interromper o casamento de seu amante, o que ela quer fazer logo depois que descobre a verdade. Quando Salud confronta Paco diante da noiva e surpreende os convidados do casamento, ele nega conhecê-la e, com o coração partido, Salud, literalmente, cai morta a seus pés como sendo o último gesto de desespero diante de tanto desprezo.

Ópera em dois atos e quatro cenas de Manuel de Falla.





"El amor brujo"




















A história da 'ópera' é a de uma jovem cigana andaluza chamada Candela. Ela se apaixona por um homem chamado Carmelo, após seu marido infiel, com quem tinha sido forçada se casar  ter morrido. Mas o marido morto como fantasma volta a assombrar Candela e Carmelo. 
Para livrá-los dos fantasmas todos os ciganos fazem um grande círculo em torno de sua fogueira, à meia-noite. Neste círculo Candela realiza o "Ritual Fire Dance" e isso faz com que o fantasma apareça, com quem então ela dança. À medida que gira em torno da fogueira mais e mais rápido, a magia da dança do fogo faz com que o fantasma seja arrastado para o fogo, fazendo com que este desapareça para sempre.

Ópera de Manuel de Falla





segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Lenda da Cigana dos Leques



























No final da Idade Média existia uma cigana chamada Zíngara que estava grávida do seu primeiro filho. Então quando ela deu à luz ficou muito feliz e reparou que o bebê tinha uma mancha em forma de estrela nas costas e chamou o garoto de Jamón. Desta maneira todos na caravana ficaram felizes e fizeram uma festa, onde a nova mãe prometeu a sua amiga, Felícia, que o seu filho quando crescesse casaria com a ciganinha Corazón, filha desta colega. No meio do baile Zíngara entrou na sua tenda e dormiu, pois estava muito cansada. Pela manhã, quando acordou, a mulher notou que seu neném tinha desaparecido. Deste jeito os ciganos procuraram pela criança por toda parte naquela vila, mas nada acharam. Então voltaram a viajar pelo mundo. Dezoito anos se passaram e a cigana Corazón cresceu em beleza e com a esperança de ver o seu noivo Jamon, que havia desaparecido ainda bebê. Então caravana de ciganos instalou-se num reino, onde começaram suas apresentações circenses e de dança. Até que um dia o grupo recebeu um convite, da condessa Mariclair, para se apresentar no palácio. Quando Corazón entrou no palco ela olhou para o príncipe Felipe e apaixonou-se por ele. Após o show a jovem perguntou à condessa:

- Quem era aquele moço moreno de olhos verdes?

A nobre respondeu:

- Ele é o príncipe Felipe. Mas não se interesse por ele, pois o amor nunca nasce dentro deste castelo.

Corazón perguntou:

- Por que?

A condessa respondeu:

- Aqui há uma maldição que impede homens e mulheres de se comunicar. Reza a lenda que há muitos anos atrás existia uma rainha que era bruxa e, um certo dia, ela viu seu marido a traindo com uma empregada. Decepcionada, a mulher jogou-se da janela do palácio e disse que nunca mais um romance nasceria dentro deste castelo. Pois os olhares dos apaixonados nunca se cruzariam a não ser que eles arrumassem outra forma de se comunicar. Por coincidência, partir daquele dia nunca mais houve um romance dentro deste palácio.

Após ouvir esta história, a cigana falou:

- Tive uma idéia:

- Farei a simpatia dos leques.

- Cada cor e posição do abanico tem um significado diferente.

- Para isto precisarei da sua ajuda!

Então quando chegou a noite, que era de Lua cheia, as ciganas entraram de novo no castelo com a ajuda da condessa Mariclair. Todas as dançarinas estavam com vestidos coloridos e leques de cores diferentes. Deste jeito elas fizeram um círculo e começaram a bailar com as pontas dos pés. Corazón entrou no meio da roda com o abanico aberto e rezou:

- Cigana dos Leques, que aparece na Lua Cheia traga o romance de volta a este palácio.

Após este pedido, as ciganas desfizeram as roda e começaram a dançar com seus leques nas mãos fazendo as mais diferentes coreografias com seus abanicos.

A condessa Mariclair, estava encantada assistindo a tudo. Quando, de repente, Corazón chegou perto dela e comentou:

- Pronto!

- A Cigana dos Leques, que está no astral trará de volta a paixão para este palácio. Porém, para isto, ela precisa de uma ajuda sua.

A nobre indagou:

- Que ajuda é esta?

A cigana comentou:

- Ajude a divulgar a linguagem dos leques fazendo com que as damas da corte usem este instrumento na frente dos seus pretendentes para consquita-los, pois os rapazes entenderão o significado. Afinal por causa da magia da Cigana dos Leques o espírito do amor já entrou neste lugar. Cada cor e posição tem um significado diferente que explicarei para a senhora: esconder os olhos com o leque aberto significa te amo; andar com o abanico aberto na mão esquerda quer dizer que o amado pode se aproximar pois não existe o perigo; o leque aberto no colo é quando a dama quer marcar um encontro; apoiar o abanico no lado direito da face significa sim; apoiar o leque no lado esquerdo do rosto quer dizer não e andar na sala abrindo e fechando o abanico é um convite para um encontro escondido. Agora preste atenção nas cores: leque branco significa que a moça só quer amizade; vermelho quer dizer que a dama está apaixonada e deseja um encontro às escondidas; amarelo é quando a donzela sonha com beijo nos lábios e preto com estampa de flores significa que a mulher deseja um encontro noturno.

Condessa Mariclair falou:

- Perfeito!

- Contarei este segredo para todas as damas do castelo e, principalmente, para as alcoviteiras.

Corazón perguntou:

- Quem são as alcoviteiras?

A nobre explicou:

- São senhoras que marcam encontros, às escondidas, entre os apaixonados nas alcovas. Mas, ultimamente, com este clima nada romântico elas estão desempregadas. Porém, como a coisa mudará...

- Mais um detalhe: bem que você poderia montar uma coreografia com as posições e cores dos leques.

A cigana disse:

- Meu grupo já tem este tipo de coreografia com abanicos e gostaríamos de apresenta-lo daqui há quinze dias neste castelo.

A condessa exclamou:

- Fechado!

No dia seguinte um clima de romance pairou no palácio. As mulheres usavam os leques nas posições com os mais diferentes significados e assim conquistavam os seus amados.

Logo chegou o dia da apresentação da dança dos leques com as ciganas. Elas bailaram divinamente e o príncipe Felipe não parava de olhar para Corazón. No final da apresentação esta cigana foi até o pátio e o príncipe a seguiu. Assim os dois começaram a conversar e no meio do papo trocaram um beijo. Porém naquele instante, Pablo, o irmão de Corazón, viu a cena e partiu para cima do príncipe, rasgando a sua camisa que mostrou uma mancha em forma de estrela nas costas. Naquele instante surgiu Zíngara que exclamou:

- Vejam:

- O príncipe Felipe tem uma marca de nascença igual a do meu bebê seqüestrado!

A condessa Mariclair, que ouviu tudo, foi até o local e disse:

- Tenho uma revelação para fazer:

- Eu confesso:

- Felipe é, realmente, o neném cigano que foi roubado!

- Eu fiz o parto da rainha, que era muito braba na época, porém ela desmaiou na hora. Como o bebê nasceu morto, com o cordão umbilical no pescoço, fiquei com medo de que a rainha me achasse uma incompetente e mandasse me matar. Por isto, percebi que ela estava desacordada e fui até uma festa cigana na vila, onde aproveitei a distração das pessoas e roubei um recém-nascido que estava numa tenda.

Alguns dias após esta confissão Corazón e Felipe se casaram numa festa com a dança da coreografia dos leques.

Luciana do Rocio Mallon

Dança com leque


























Através do leque a mulher comunica sua determinação ao abri-lo, num movimento rápido de som agradável e forte. Assim que consegue atrair a atenção do homem, assume a postura soberba de uma rainha ou de uma recatada donzela, encobrindo o rosto para estimular seu pretendente a demonstrar suas verdadeiras intenções. Ritualisticamente é comum dançar abanando o leque sobre a cabeça e ao redor do corpo, para ativar a energia física e chamar os bons espíritos.