domingo, 8 de novembro de 2009

Bailan las gitanas




Bailan las gitanas,
míralas el rey;
la reina, con celos,
mándalas prender.

Por Pascua de Reyes
hicieron al rey
un baile gitano
Belica e Inés.
Turbada Belica,
cayó junto al rey,
y el rey la levanta
de puro cortés;
mas como es Belilla
de tan linda tez,
la reyna, celosa,
mándalas prender.

Miguel de Cervantes y Saavedra



























No tempo do nazismo, os ciganos sofreram a mesma sorte dos judeus e dos homossexuais, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau.
Não se sabe bem por qual razão, os nazistas permitiram que conservassem seus instrumentos musicais.
A música serviu-lhes de último consolo.
Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald:
"De repente, o som de um violino cigano surgiu de uma das barracas, ao longe, como que vindo de uma época e de uma atmosfera mais feliz... Árias da estepe húngara, melodias de Viena e de Budapeste, canções de minha terra".

Foi na Europa central e oriental que a música cigana (vocal e instrumental) teve  e continua a ter  seu público mais fiel e apaixonado.

sábado, 7 de novembro de 2009

Bonecas ciganas

































































































Contato: ad-01314283@quebarato.com.br

Bonecas Ciganas de yasmin Stancan













































































































































































































































































































































Contato:lelolumin@hotmail.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

TchÁyo Romanó













O saboroso TchÁyo Romanó, é um chá cigano tradicional passado de mãe para filha. É um dos mais belos rituais ciganos, onde se evocam as forças da Natureza para trazer saúde, amor, força, prosperidade e alegria. Seus ingredientes mudam a cada receita, mas alguns se mantém em todas elas.


Tcháyo Romanó



Ingredientes:

Chá preto natural

pedacinhos de canela

cravos-da índia

3 favas de cardamomo (opcional)

1 pedacinho de casca de limão branco

1 dose de uísque



Frutas para maceração:

pedacinhos de damascos secos

fatias finas de limão branco sem casca

fatias de uvas rosé

pedacinhos de maçã vermelha

pedacinhos de ameixas ou morangos



Modo de fazer:

Em um litro de água fervente, coloque todos os ingredientes da tintura, exceto o uísque. Desligue o fogo, abafe o recipiente e deixe esfriar. Acrescente o uísque quando for servir.

Lua



















A Lua, Xanutú, para os ciganos é a Guardiã dos Mistérios deste povo. Chamada carinhosamente de Madrinha, a Lua exerce sobre este povo um poder mágico fascinante. Assim, todas as suas magias e encantamentos são feitos respeitando a fase da Lua.

O Batismo é sagrado para os ciganos.













Na verdade, o primeiro Batismo da criança cigana acontece quando a mãe lhe sopra aos ouvidos um nome que apenas ela conhecerá. O banho de sorte faz parte deste ritual. As cerimônias religiosas de batismo são realizadas nas igrejas freqüentadas pela família do recém-nascido.

Nasce um cigano!


 
















Quando nasce um cigano, sua avó oferece a todos o pão das três fadas, para que o recém-nascido tenha sorte, saúde e prosperidade. A criança é então banhada numa pequena banheira ou num tacho numa mistura de água natural, vinho, flores, metais, ervas e perfumes. Estes ingredientes e o próprio ritual do banho do recém-nascido apresentam algumas variações de clã para clã.



A apresentação do recém-nascido à primeira Lua Cheia, após o seu nascimento é uma das tradições mais populares entre os ciganos brasileiros, principalmente os que vivem no interior do país. Para atrair a Boa Sorte e a proteção, a criança é erguida em direção à Lua pela avó ou pela madrinha, enquanto se diz:

“Lua, Lua, Luar, toma teu andar. Leva esta criança e me ajuda a criar. Depois de criada torna a me dar.”

Baile Gitano





















Hay de tener la sagre de los gitanos para bailar el flamenco!

A dança flamenca é a dança da energia vital. Batemos os pés num tablado para receber da terra a resposta sonora que traz força e coragem. O Baile Gitano, como é chamada a dança, tem que ser realizado de corpo e alma. A expressão dos olhos é decisiva para a interpretação correta dos ritmos
.

Ritmos flamencos

























Soleá - ritmo-mãe do flamenco. A palavra Soleá é uma abreviatura cigana para Soledad-solidão. Seus acordes melancólicos traduzem o lamento, a dor da perda.

Alegría - tem o ritmo idêntico ao do soleá, porém mais vibrante, alegre de acordes animados.

Bulería - ritmo que possui variantes na dança. Transformam espontaneamente o ritmo festivo do Flamenco em paixão, hipnotizando a platéia. A palavra Bulería, vem de burlar, enganar.

Sevillanas - As populares sevillanas andaluzas têm um ritmo contagiante e alegre. São geralmente dançadas em duplas de homens, mulheres e crianças. Desdobram-se em quatro partes, quando acontecem as mudanças dos pares.

Farruca - A sóbria e viril farruca é comumente dançada por homens. Mas hoje em dia, as melhores bailarinas flamencas também exibem a destreza de seus passos na farruca, como a famosa Sara Baras. O próprio nome farruca significa valente.

Mallaguenha - A província de Mallaga desenvolveu seu próprio ritmo flamenco e criaram seu próprio canto apropriado a um estado de espírito cujas letras acompanham as mais profundas emoções humanas.

Seguiriyas - Ritmo de grande descarga emocional, é o mais cigano do flamenco. Seus acordes e sapateados soam como desabafos e reclamações pelo amor perdido, pela falta de liberdade, pelo ódio ou revolta, exigindo do bailarino e do guitarrista muita vibração emocional.


















Diz uma antiga lenda que os ciganos dançam desde o útero materno. Já nascem realizando uma coreografia própria de quem tem sangue cigano nas veias. Este sim é o verdadeiro sentido do bailado cigano. Alegre ou melancólica, a dança cigana é realizada de corpo e alma, seja para comemorar, louvar ou fazer surgir do fundo da alma a resistência, que justifica a trajetória deste povo pelo mundo. Prova disso são os inúmeros ritmos da dança: bulerías, alegrias, tanguilhos, sevilhanas, rumbas, farrucas, soleares.

domingo, 1 de novembro de 2009

Charles Godfrey Leland

Charles G. Leland nasceu na Filadélfia, Pensilvânia, em 15 de agosto de 1824. Poucos dias após o seu nascimento, uma velha ama holandesa levou-o ao sótão de sua casa e realizou um ritual. Ela colocou seu seio sobre uma Bíblia, uma chave e uma faca e, então, pôs velas acesas, dinheiro e um prato com sal sobre a cabeça. O propósito do rito era que o menino vencesse na vida e tivesse sorte para ser um escolástico e um sábio.

Ele cresceu como uma criança fascinada pelo folclore e pela magia, e foi presenteado com histórias e contos de fantasmas, bruxas e fadas. A família, sendo próspera, vivia em uma casa que possuía empregados e, com um deles – uma imigrante holandesa -, ele aprendeu a respeito de fadas, e com outro – uma negra que trabalhava na cozinha -, ele aprendeu a respeito de vodu.

Mudando-se para a Inglaterra, em 1870, Leland começou seu estudo acerca de ciganos ingleses e era particularmente interessado no folclore deles. Com o decorrer do tempo, ganhou a confiança do “Rei dos Ciganos” na Inglaterra, Matty Cooper. Com Cooper, Leland aprendeu a falar o romani, a língua dos ciganos, embora isso tenha ocorrido muitos anos antes de o povo cigano tê-lo aceito como um deles. Durante esse período, ele escreveu seus dois livros clássicos a respeito dos ciganos e estabeleceu-se como a autoridade máxima nesse assunto. Em 1888, tornou-se o primeiro presidente da Sociedade da Sabedoria Cigana.

Leland foi um escolástico, folclorista e autor que escreveu inúmeros livros clássicos a respeito de ciganos ingleses e bruxas italianas. Isso inclui Etruscan Roman Remains, Legends of Florence, The Gypsies, Gypsy Sorcery e, entre estes e outros, destaca-se Aradia: O Evangelho das Bruxas (lançado pela Madras Editora). Charles Godfrey Leland desencarnou em 2 de março de 1903.

Adotou em algumas obras o pseudônimo Hans Breitmann.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ser cigano

















Fogo, música, dança, alegria, sedução, paixão.
Ser cigano é percorrer esta estrada sem se prender a nenhuma estação.
Ser cigano é acender uma fogueira no próprio coração para dançar a vida com magia, coragem e paixão.
Ser cigano é brincar com fogo sem se queimar.
Ser cigano é beber vinho sem se embriagar.
Ser cigano é se apaixonar sem se aprisionar.
Ser cigano é sempre dançar sem, jamais tropeçar.
Ser cigano é cantar as palavras do seu coração com beleza, força e sedução.
Ser cigano é sempre estar atento para ver em que direção vai soprar o vento.
Ser cigano é nunca temer a liberdade do risco de viver.
Ser cigano é aceitar a vida como uma melodia que, como tudo, tem seu princípio, meio e dia.
Ser cigano é saber seduzir, sem se seduzir pela própria sedução.
Ser cigano, enfim é ser humano e brilhar assim mesmo."

Aiyan Zahck



domingo, 25 de outubro de 2009

Oração Cigana

























Cigana, cigana minha, Força e esplendor De ti recebemos.

És alegre como um raio de sol És bela como a lua a brilhar
seu corpo envolto em fitas e cores Segue alegre a rodopiar

Tua força guerreira Nos atende em horas de aflição

Ah! Minha linda cigana Vêem povoar meus sonhos

Vem meus pedidos atender Oh! Linda cigana altaneira e alegre!

Cobre-nos com tua saia colorida,

Escondendo-nos dos invejosos e mostrando a eles que o caminho não é esse.

Cigana encantada,

Que nesta hora possamos sentir Segurança, paz e felicidade.

Abra os nossos caminhos Com o poder da Mãe-Terra

Peço a vós que meus pedidos sejam atendidos.

Por Santa Sara Kalil, a padroeira dos ciganos,

e por todos os espíritos ciganos que aqui viveram.

Nesta corrente de fé, Cigana.

Marici Bross

Cigana














 











Chegaste tímida,
descalça e com lascívia no andar
E cantaste e tocaste a minha alma
E dançaste e provocaste o meu desejo
E simulaste, insinuaste e dissimulaste
E súbito olhaste no fundo de meus olhos e me desnudaste.
E as nossas células em rebelião bailaram de prazer
E suspiraste e mergulhaste e te abandonaste
na alegria de se saber mulher e desejada.
E de repente, sumiste e não mais voltaste.
E até hoje permaneceste na beleza e
sensualidade de todas as mulheres.


José Eduardo Mendes Camargo

Violino cigano





















Oh cigano, a ária triste e apaixonada
que fazes chorar teu violino entre os dedos
,soa, ainda, como uma doce serenata,enquanto,
pálido, no silêncio escutarei esta melodia que
, em noite perfumada,meu coração a um outro
coração acorrentou-se.

Toca só para mim
oh! Violino cigano...talvez penses tu,
também,em um amor, longínquo sob o céu distante...
Se uma secreta dor faz tremer a tua mão,
esta melodia de amor faz tremer meu coração,
ó violino cigano.
Tu que sonhas com a doce terra da Hungria,
toca ainda com toda alma cigana...quero,
chorar como tu, de nostalgia na lembrança
de quem meu coração abandonou como o
canto que tu difundes pela estrada,com o
vento, a minha paixão desvaneceu.

Toca só para mim,
Esta melodia é de amor,mas o meu amor
está distante...toca, toca para mim
Pois se choro contigo
ó violino cigano!...


(Letra original e música de C. A. Bixio e B. Cherubin)
Trad. de José Carvalho

Olhos ciganos





 












Os olhos ciganos
São pérolas negras reluzentes
Carregados de mistério e desconfiança.
Olhos vívidos e expressivos
Cujo fitar revelaUma peculiar diferença
Dos olhos dos outros Homens.
Cigano não olha simplesmente
Move as pestanas e mira...
Mirada que descortina
Os mais secretos pensamentos.
Nos olhos ciganos
Há um mistério incontestável
Na estranha expressão de fitar
Que traspassa o âmago do ser
Sabedoria milenar
De um povo profético.
Os olhos ciganos
São a marca inimitável
De um povo livre e honrado
Que nunca declarou guerra
Para ocupar terra alguma.
No mundo e com o mundo
Os ciganos vão girando...
Recusando "o jugo da mediocridade"
Levando no enigmático olhar
O silêncio do "Saber"
Gitano Inconfundível, intransferível...
Eterno.

Ártemis








""Não se pode ir reto quando a estrada é curva""
(provérbio cigano)

Gemido do Violino..



















Uma lágrima se solta ... sem ventos, sem brisas ... se volatiliza num gemido de violino!Dormes. Por dentro da luz ténue de silêncios finos, silenciados na concha tumular que cobre todas as pedras desalinhadas da calçada. Hoje caminho na Avenida. Piso a passos precisosos trilhos por onde tantas vezes viajaste sózinho dentro de mim. E sozinho em ti, perdido num labirinto. A nebulosa esmaecida teima em perpetuar-se à minha frente. Persistente, a lágrima cristalizada se solta, rola extemporânea. Avança, morde e beija a boca. Tem o sabor salgado da Saudade e, contudo,liberta, traz-me de regresso à realidade. Refulgentes, os raios iluminados da manhã, traçam nos paralelepípedos novos desenhos constelados. Das ruas pardacentas, aos poucos, a espasmos, a Primavera brota. Estrangula o vazio e a melancolia nostálgica. Emerge em sons. Eternas sintonias Genésicas. Na igreja em frente, toca o sino. As ruas recobrem-se, serenas, com as cores brancas do seu manto Divino.

Por Mel de Carvalho


Sorte:












Todo o cigano é dado às previsões do futuro, através da leitura das cartas de Tarô.

Esse processo intuitivo é natural, passado de Mãe para filha, desde a antiguidade.

Alguns antropólogos acreditam que os ciganos herdaram esse hábito das castas mais baixas da Índia.

O tarot dos ciganos é sagrado, simboliza o misticismo e as crenças de todos os povos antigos na busca incessante da verdade.

A Magia Cigana



























Muita gente já ouviu falar e, certamente, já sentiu uma ponta de curiosidade a respeito da magia que os ciganos trazem na sua cultura e sangue. Seus antigos ensinamentos, suas tradições e o seu folclore ao mesmo tempo que fascina, provoca um misto de medo e admiração.
Vários pesquizadores de diversas origens estudaram as magias e encantamentos utilizado pelo povo do Vento ou povo Cigano. Suas magias vem de tradições milenares possuem uma conexão com antigos rituais em que entram em um estado de transe, utilizando esse procedimento para atingir seus objetivos. Em todas as magias do povo cigano eles invocão forças naturais como as energias elementais ( ar, água, fogo, terra). Para o povo do vento e das estradas a própria terra é um lugar sagrado.

Lenda









Os Ciganos contam em uma de suas lendas que no passado tinham um rei, que guiava sabiamente o povo numa cidade maravilhosa da Índia, chamada Sind. Ali o povo era muito feliz, até que hordas de muçulmanos expulsaram os Ciganos, destruindo sua cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra... Todavia a razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades.

Lenda Da Criação dos Ciganos


























...e, no sexto dia, Deus resolveu criar o Homem. Tomou uma poção de barro, modelou uma estátua e a colocou em um forno. Resolveu então dar um passeio pelo Jardim do Éden e acabou por se esquecer de sua obra. Quando retornou, encontrou a sua criação queimada. Surgiu assim o primeiro homem negro. Resolveu tentar de novo, mas, no meio do cozimento, abriu o forno para espiar e o resultado foi uma figura pálida, o ancestral dos homens brancos. Finalmente, criou um terceiro homem, de barro cozido, no ponto exato, no tom da amêndoa. Surgia assim o primeiro cigano. Deus ficou tão contente com essa criação que o deixou habitar livremente todos os lugares da Terra, para espalhar beleza e alegria a todos os outros povos com que habitou o planeta.

Canção gitana
























Martins Fontes (1884-1937), no livro Sherazade, nos brinda com a inclusão do poema Canção gitana, em homenagem a Carmem (de Bizet ) :




Eu sou a flor de Sevilha,

Rachel da terra do Sol!

no ouro da minha mantilha,

rubeja o fogo espanhol!


Quando as salas estão cheias,

nas verbenas do Alcazar,

concentro azougue nas veias

e vitríolo no olhar!


Danço a zambra, entre sorrisos,

quebrando os braços e os rins,

ao retintinir dos guizos,

tricolejar dos cequins!


A gambiarra ensandalada,

infanta e odalisca, eu sou

uma pantera assanhada,

que freima enfervorizou!


Goya, encarnando a luxúria,

fez a “Maja” granadi!

Só ele exprimiu a fúria,

que ardeja em meu frenesi!


Simulo uma labareda,

columbreando no salão,

longa víbora de seda,

a roxo-rei e zarcão!


E, esfuzilando, felina,

a rir e a gritar: — olé!

Minha peçonha assassina

enfeitiçou dom José!


Temperamento boêmio,

sendo agarena, talvez,

meu coração é irmão gêmeo

das gitanas do Xerez!


Há um nufar, que, um dia, no ano.

Um dia, apenas, reluz:

É assim o amor sevilhano,

é assim o beijo andaluz!


Repicando a castanhola,

minha estridência contém

arrogância de espanhola,

furor, de fera no harém!


São negros os meus cabelos,

como os meus olhos tafuis,

porém tão negros que, ao vê-los,

até parecem azuis!


Os cascavéis do pandeiro

estridulam, em destom,

num trastralastrás brejeiro,

ou surdo dongolodrom!


E, espaventando o exagero,

bela, bárbara, brutal,

fulveja meu desespero

na sarabanda infernal!


— Bravo! Que guapa y reguapa!

e, em delírio, um toureador

aos meus pés estende a capa,

embebedado de amor!


E, para que ele se zangue,

meu desprezo respondeu:

— Que culpa tem o meu sangue

de ser mais rubro que o teu?!


É volúvel, mas sincero,

meu coração de mulher:

A quem me quer, eu não quero.

Só quero a quem não me quer.

Oráculos ciganos




 






















Os ciganos tem a tradição de ler a sorte , para isso usam seus dons e os aprendizados que foram passados oralmente de geração à geração.




Oráculos utilizados pelos ciganos:Acutomancia : Previsões por meio de agulhas.

Bola de cristal : Utilizada geralmente por mulheres como clarividência .
Elas se concentram e conseguem visualizar imagens do presente e do futuro na bola de cristal.

Cafeomancia : Análise da borra de café.

Cartomancia : Leitura da sorte através de cartas do baralho cigano.

Ceromancia : Análise feita por meio de cêra quente , pingada sonre uma superfície seca ou com água.

Cristalomancia : Adivinhações por pedras preciosas ( cristais).

Dadomancia : Leitura da sorte nos dados.

Jogo das patacas : Jogado por homens e mulheres que utilizam as moedas como meio de prever e orientar.

Jogo de sementes : Alguns ciganos homens costumam fazer análise por meio de caroços de frutas.

Piromancia : Leitura da sorte na chama da vela.

Quiromancia :
A leitura das linhas das mãos é habitual nas mulheres ciganas , sendo aprendida desde criança.

Vinho e ciganos


















O vinho é a bebida Universal dos Ciganos. O vinho tem, para os ciganos, um significado todo especial, pois é uma bebida que vem de uma fruta com fortes ligações com a terra, mas que flutua acima dela, ao sol e no ar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Encantamentos Ciganos






















Os encantamentos ciganos tem a função de equilibrar, harmonizar, abrir os caminhos, trazer a prosperidade, a riqueza, o amor, e também de limpar e cortar magias negativas, afastar obssesores, enfim são muito fortes e poderosos quando feitos com amor e fé.

Todos os encantamentos ciganos tem a finalidade de auxiliar nossa caminhada por esta terra abençoada e nunca prejudicar ou atrapalhar ninguém.




 




















O maior axioma do Povo Cigano diz simplesmente:

'A sabedoria é como uma flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de acordo com a sua própria natureza'.






Cigana que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos.
A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino.

O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Museu da Cultura Cigana





O museu destaca por meio de grandes telas e painéis em impressão digital, a história dos diferentes povos ciganos além de retratar o quanto essa cultura influenciou a música, as artes, a culinária e as danças em diferentes povos.

Faz parte da programação, a realização de cursos práticos e teóricos, conferências, debates, seminários sobre as tradições ciganas e além de promover intercâmbio com instituições congêneres do Brasil e do exterior.


Museu Escola da História da Cultura Cigana

Rua Igaraçu, 146 - Vila Floresta Santo André

Telefone: (11) 6829-2164

Os três estágios da paixão


























Há um conceito entre os hindus do chamado "sétimo céu" que se transformou em sinônimo de êxtase amoroso.



O que os hindus chamam de sétimo céu, os ciganos chamam de terceiro estágio da paixão. E como chegar a ele? Simplesmente desconhecendo a palavra pressa.

Todo o segredo reside numa simples vela perfumada vermelha, de um terço do tamanho de uma vela normal. Ao adquirir a vela, meça-a a marque três estágios. Quando for fazer amor com quem você ama, leve em consideração os seguintes estágios:

Primeiro estágio da vela: movimento ereto e provocação

Tudo isso simplesmente quer dizer que, enquanto a primeira parte da vela se queima, vocês devem se movimentar e se provocar, mas seus corpos devem permanecer eretos, tocando-se, abraçando-se, movendo-se, indo no ritmo da música preferida. A dança e a música são as melhores companheiras nesse momento.

Segundo estágio da vela: movimento e inclinação

A partir desse momento, os movimentos deverão tender à inclinação, para que o contato dos corpos seja mais provocativo e sensual. A música e a dança continuam sendo as melhores sugestões, só que os movimentos devem ser suaves, longos e provocantes, apenas roçando, sem tocar diretamente, mas sugerindo o toque. Encostar-se nas paredes e nos móveis é aconselhável, mas a cama deve permanecer como uma sugestão ainda, sem que lhe seja dado destaque.

Terceiro estágio da vela: contato e horizontalidade

O toque é mais ardente e mais direto agora, detendo-se em provocar prazer. Deve ser inquieto e curto e os corpos devem se mover horizontalmente, invertendo posições constantemente. À medida em que a vela chega ao seu final, essas inversões devem ir se acentuando, até que a chama se apaga e a escuridão envolva os dois amantes.

Carmen






















No célebre romance Carmem, o genial arqueólogo e contista Prosper Merrimée (1803-1870) nos deleita com esta bela descrição dos olhos da cigana:


Seus olhos, em particular, tinham uma expressão ao mesmo tempo voluptuosa e selvagem, que jamais tornei a encontrar num olhar humano. Olho de cigana, olho de lobo, é um ditado espanhol que vem a calhar. Se não tendes tempo de ir ao Jardim das Plantas para estudar o olhar de um lobo, observe vosso gato quando espreita o pardal.


Era una belleza extraña y salvage, um rosro que al pronto extrañaba,no se podía olvidar. Sobre todo, los ojos tenían una expresíon voluptuosa y feroz a la vez que no he encontrado después en ninguna mirada humana. Ojo de gitano, ojo do lobo.


E no quarto capítulo da história de Carmem, Merrimée nos descreve bem os olhos dos ciganos:


Os caracteres físicos dos ciganos são mais fáceis de distinguir do que descrever e, assim que tenhamos visto um só, reconhecemos um indivíduo dessa raça em meio de uma multidão. A fisionomia, a expressão, eis o que sobretudo os distingue dos povos que habitam o mesmo país. Sua pele é morena, sempre mais escura do que aquela das populações com as quais convivem.[Falava dos ciganos da Espanha]. Daí vem o nome Calé, os negros, pelo qual eles se referem a si mesmos com freqüência. Seus olhos, ligeiramente oblíquos, bem talhados, muito negros, são sombreados por cílios longos e espessos. Só podemos comparar seu olhar com o do animal selvagem. A audácia e a timidez estão presentes ao mesmo tempo, e desse ponto de vista, seus olhos revelam muito bem o caráter da nação — astuciosos, insolentes, mas naturalmente tementes aos golpes...