Chegaste tímida,
descalça e com lascívia no andar
E cantaste e tocaste a minha alma
E dançaste e provocaste o meu desejo
E simulaste, insinuaste e dissimulaste
E súbito olhaste no fundo de meus olhos e me desnudaste.
E as nossas células em rebelião bailaram de prazer
E suspiraste e mergulhaste e te abandonaste
na alegria de se saber mulher e desejada.
E de repente, sumiste e não mais voltaste.
E até hoje permaneceste na beleza e
sensualidade de todas as mulheres.
José Eduardo Mendes Camargo
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