Danças ciganas sempre foram uma atração especial nas cortes européias, a começar pela francesa. Desde o tempo de Henrique IV apresentavam-se dançarinos ciganos no castelo de Fontainebleau e na residência da marquesa de Sévigné. Moliére, em " O Casamento Forçado", introduziu no palco um grupo de ciganos dançando ao som de pandeiros. Numa das apresentações, o próprio Luís XIV dançou vestido de cigano.
Na Turquia, a dança era uma das profissões ciganas mais características. O cortejo das tropas de Constantinopla que desfilou para sultão Mourad IV, no século XVII, tinha, após a seção dos músicos, uma seção de dançarinos, entre os quais numerosos ciganos.
Em Portugal, a Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, apresentada em 1521, mostrava quatro mulheres ciganas que cantavam e dançavam.
Foi na Espanha, entretanto e, sobretudo nas terras do sul, no antigo reinado de Granada, que a dança cigana floresceu em seu terreno mais fértil. De seu encontro com a arte árabe nasceria o inigualável flamenco da Andaluzia.
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